domingo, 13 de dezembro de 2009

É preciso ter vocação!

Pode-se aprender a mediar?

Após experiências vividas e testemunhadas, chego à conclusão que a máxima “tudo é relativo” é uma grande verdade, existem aptidões a meu ver, que não podem ser ensinadas a alguém em um curso superior, não sei se é certo pensar desse modo, mas não vejo com bons olhos o fato de profissionais se formarem sem que suas atitudes sejam avaliadas tal como seus trabalhos e avaliações tradicionais.
Qualquer aluno (a) pode escrever em uma prova ou trabalho aquilo que o professor quer ler, sem que este seja realmente seu pensamento e exemplos temos aos montes, será que depois de formado em um curso de pedagogia, o (a) aluno (a) este realmente habilitado (a) a trabalhar dentro de uma sala de aula com a responsabilidade de instigar o interesse de uma criança tão dependente de um bom profissional e que tenha acima de todo o conhecimento teórico, bons valores humanos para ensinar a esta criança não apenas teoria, mas também valores morais como respeito às individualidades e ao trabalho em grupo.
Certa noite tive um sonho, já haviam se passado muitos anos, eu havia me casado, formado minha família, realizado o sonho de ser pai e estava junto com minha esposa e filho indo conhecer a escola onde iríamos matriculá-lo, ao entrarmos na sala onde se encontrava a equipe diretiva, após já termos visto toda a estrutura da escola que por sinal havia nos agradado muito, fomos apresentados a diretora e a supervisora pedagógica da escola que por coincidência havia sido minha colega no curso de pedagogia. Por um breve momento passaram em minha mente imagens e lembranças do comportamento desta colega perante a turma na faculdade, extremamente ligada a imagem dos outros, como aparência física ou modo de vestir, como se alguém que não obedecesse ao seu padrão não servisse para estar em sua companhia, embora em seus trabalhos fosse muito ressaltada a importância da inclusão.
Após esse rápido “flash back” voltei-me para a diretora e minha ex-colega agora supervisora pedagógica, agradeci a atenção dispensada, virei às costas e parti levando comigo minha esposa e filho sem dizer mais uma única palavra.
Neste sonho meu filho tinha costumes de vestir e pensar muito singulares, sempre incentivados por mim e minha esposa a estar feliz consigo mesmo sem que opiniões de outros interferissem em seu gosto pessoal e foi exatamente o medo de como ele seria tratado em uma escola cuja supervisora a meu ver não teria nenhuma condição de fazer com ele um trabalho adequado que me fez sair daquela escola.
Voltando a realidade, não vejo como esse problema possa ser resolvido, uma vez que aprovado (a) no curso o (a) Aluno (a) não terá seus valores e comportamentos avaliados, até porque eu não acredito que esses quesitos possam ser avaliados com total credibilidade e justiça.

Tales Bittencourt

2 comentários:

SIMONE SILVA DORNELES disse...

Tales, querido.
Bela reflexão compartilhas conosco neste espaço interativo de aprendizagens mútuas que é o BLOG.
Na prática de formação docente avaliam-se muitos aspectos, assim como nas relações profissionais no mercado de trabalho. Assim registro que, no sistemas de ensino público e privado existem diferentes projetos educacionais e, conseqüentemente as instituições de ensino selecionam os/as profissionais da educação de acordo com seus objetivos, inclusive de classe social.
Compartilho esta reflexão para problematizarmos estas questões que carcaterizam nossa profissão.
Professora Simone

Elisângela Ribas disse...

Olá 'guris da pedagogia', gostei muito do blog de vocês, dos links e dos conteúdos que já postaram.
Acho importante continuarem com o blog ao longo dos semestres para que possam fazer os registros mais interessantes do curso.
Sugiro que acrescentem mais recursos, como vídeos e imagens para deixar o visual ainda mais atrativo.

Boas férias, parabéns pelo trabalho.

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